Seja sábio. Conhecimento somente é fácil de adquirir.

E VAMOS DE POLÊMICAAAA! Não, mentira. Esse post não tem essa intenção. O título, no entanto, mais uma vez, é a moral da história aqui. Você pode ter todo conhecimento existente no mundo (difícil, mas ok), e não ser sábio. Sabedoria é saber aplicar o que você sabe na sua vida. É saber o momento de agir, e o momento de ficar quieto. O momento de avançar e de retroceder. O momento propício, e o impróprio. O que deve ser feito, e o que não deve. Sabe aquela frase bem popular da Bíblia, “tudo é lícito, mas nem tudo convém”? Ela se aplica aqui. E se você não sabe o que eu estou dizendo, veja a opinião truncada de especialistas. O tanto de gente que fala besteira na internet, mesmo sendo formado, e teoricamente sendo “estudada”. Conhecimento hoje só não ajuda ninguém a fazer nada. Um bom exemplo, são os jogos de time-management, ou resource-management. Você pode conhecer o jogo inteiro, cada um de seus itens, o tempo de tudo… E do que adianta, se você não souber manejar os itens, e a quantidade que você fará para tê-los em estoque? Isso que você está fazendo quando maneja os itens de um jogo, quando cria uma estratégia… Isso não é conhecimento. Isso depende do conhecimento, é diferente. E quando eu digo isso, eu falo da maneira mais verdadeira do mundo, não adianta conhecer todo o universo, se você não souber para que ele serve nem entender as razões das coisas, não souber lidar com as pessoas, lidar com seus sentimentos, lidar com a estratégia da vida. Seu conhecimento não vai te salvar. É verdade, sem conhecimento não é possível se traçar estratégias a curto, médio ou longo prazo. Um médico, sem conhecimento de medicina, não pode te indicar um medicamento, ou um tratamento. Mas sem sabedoria para entender o que você está sentindo, ou como a doença evolui, ele também não será de muita ajuda. A especialidade dele não vai conseguir te ajudar, se ele não consegue te entender. E não é que seja falta de empatia, muitas vezes é falta de aplicar o conhecimento que se tem. Pode parecer uma coisa boba, mas, acreditem… não é.

Eu sou professora, de formação. Quando um aluno meu me diz que não consegue entender a matéria, não adianta eu explicar da mesma forma um trilhão de vezes. Eu preciso pegar aquele conhecimento, que eu já sei, e passá-lo de outra maneira. Eu preciso aplicá-lo de uma maneira que faça sentido na vida daquele aluno, que tem todo um background diferente do meu. Ele tem uma família diferente da minha, tem pais diferentes dos meus, tem uma vida diferente da minha, mora num lugar diferente de mim, vive de forma diferente de mim. Aquele aluno não sou eu, eu não posso usar a mesma técnica que usei para aprender, não vai funcionar com todo mundo. Parece óbvio falar isso aqui, mas essa é mais uma maneira de ser sábio: compartilhar o óbvio com quem talvez ainda não consiga enxergar esse óbvio da maneira mais clara possível. Na vida, nós passamos por milhões de situações. Mas cada uma delas, é exclusiva nossa. Uns tem facilidade com português, outros com matemática e vice versa. Querer ser o que não é, não é falta de conhecimento somente, é falta de sabedoria. Porque uma vez que se conhece quem é e o que quer da vida, e continua-se insistindo em algo que não é aquilo, nos falta sabedoria para vermos que nós não somos o outro.

Dito isto, fica minha reflexão, e um pouco da razão porque eu abandonei minha faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Sim, eu amo ser tester. Não, eu não amo programar. Esta não sou eu, e é necessário se conhecer e colocar esse conhecimento APLICADO EM SUA VIDA para que ele faça algum sentido. E não faria sentido para mim fazer algo do que eu não gosto.

 

Essa história é parte do desafio do Nanowrimo 2020, e está sob a tag “Aconteceu Comigo”. Os fatos são reais, mas algumas informações foram modificadas para segurança dos envolvidos.
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